sexta-feira, julho 14, 2006

Regulo Gungunhana

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Notícia publicada no Almanach Ilustrado do " O Século” ano de 1889

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Associações de Classe dos Toureiros

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Manuel António Botas

Associações de Classe dos Toureiros: a importância do jornalismo na sua constituição











Jornal “A trincheira





Ano: 1910 – Lisboa

(…) O artista de toiros inutiliza-se, via de regra, muito cedo.

São porém tão largos os seus proventos que possam acumular capitais para a velhice? Manifestamente não. O artista trabalha quatro meses e tem de viver doze. Necessita portanto que os seus ganhos tenham o coeficiente três, ou, como quem diz, é-lhes indispensável auferirem pelo trabalho o tripulo do que recebe qualquer outro. E a prova é a vida mais modesta de todos eles. E a prova está ainda nesse desgraçado sudário que nos apresentam Botas com 83 anos, Sancho quase cego, e Calabaça cego de todo, e sem terem de que viver.


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A humanitária iniciativa de Albino Baptista devem, com filantrópica realização das corridas chamadas de inválidos, o não estenderem a mão à caridade. Mas Albino Baptista, bom e generoso, encetou tão má vontade, tanta relutância da parte dos artistas validos, que… não está para mais segundo diz!

E esses senhores que se julgam, nos seus trajos de gala, o que tem havido mais sublime na arte de tourear, não pensam que, amanhã, uma cornada perdida os pode colher e inutilizar, e então, oh! Então é que será bonito ouvir-lhes histórias sobre a confraternidade artística.

Em Espanha há uma associação (…)

Lisboa Domingo, 3 de Julho de 1910

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A Trincheira

“Caixa de Pensões/ Caixa de Socorros” para os toureiros

Fomos procurados pelo infeliz bandarilheiro Silvestre Calabaça, que uma terrível enfermidade inutilizou para sempre para qualquer trabalho, agradecendo-nos a nossa atitude defendendo a instituição de uma associação de classe, meio único para evitar que os toureiros inválidos meio único para evitar que os toureiros inválidos mendiguem o pão de cada dia estendendo a mão à caridade publica.

Fizemos quanto podíamos neste sentido e não descansamos na tarefa que nos impusemos porque nos causa dor profunda ver artistas como Sancho. Como João Calabaça, como Botas, e tantos outros que tiveram o seu tempo e o seu público, caídos na miséria só porque o seu público, e os anos os impedem de trabalhar.

(…)

7 de Agosto de 1910


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A Trincheira

Temos por muitas vezes, aqui neste lugar procurado mostrar aos artistas tauromáquicos a situação precária e deprimente em que os coloca a sua apatia perante a situação do dia de amanhã. Calculamos bem o transe doloroso desses pobres velhos inúteis, Botas, Sancho e Calabaça, vendo sumir-se-lhes a esperança do relativo repouso no aconchego do lar desguarnecido. (…)

1 de Setembro de 1910

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A Trincheira

Corrida a favor dos toureiros inválidos

Uniram-se no “Clube Recreativo Lisbonense” quase todos os toureiros portugueses para realizar uma corrida de touros a favor dos inválidos.

“Começa a despertar curiosidade no público a corrida a favor dos toureiros inválidos.

18 de Setembro de 1910 pagina 2
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Aficionados: cooperem na festa de hoje, que é em benefício desses pobres velhinhos e tereis praticado mais uma obra de caridade!...

Ajudai tão santa cruzada, e todos vós sereis benditos! ….
Carlos Abreu
(Secretario da Redacção)

6 de Nov. de 1910 – nº 13

Photobucket - Video and Image Hosting“Ir hoje a corrida dos inválidos, é praticar um acto de humanidade, que os bons velhinhos hão-de abençoar.”

A Trincheira” 6 de Nov. 1910 pagina 2

Manuel Botas 1912 com 84 anos

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quarta-feira, julho 05, 2006

Exmo. Sr. Prof. Doutor António C. Rodrigues Presidente da C.M.L

Depois de ter enviado uma segunda carta, de ter efectuado aproximadamente cerca de 20 chamadas para diferentes serviços da C.M.L., recebi, com data de 5 de Julho de 2006, uma carta assinada pela senhora Ana Paula Ribeiro chefe de divisão da Direcção Municipal de Ambiente Urbano autorizando a consulta dos documentos por mim solicitados em 5 de Abril de 2006.

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    "Nos arquivos do cemitério estão os livros que me interessam investigar e que me permitirão outras demandas."

  • No passado dia 5 de Abril do corrente ano enviei a V. Ex.ª a carta anexa. No dia 17 do mesmo mês recebi do Chefe de Gabinete da C.M.L. a carta que igualmente anexo.

    Em 16 de Maio decidi telefonar para o Gabinete do Variador Sérgio Lipar para obter informações acerca da minha solicitação. Neste gabinete, falei com a senhora Fernanda Dias que não encontrou a minha carta. Solicitou o meu número de telemóvel e, alguns dias depois, entrou contacto comigo para me informar que o meu ofício foi remetido para o Gabinete do Senhor Variador António Proa.

    No dia 18 de Maio Falei com a senhora Vera que me informou que o senhor Dr. António Costa Pinto deu parecer e enviou para o Engenheiro Mesquita. A secretária do Engenheiro Mesquita deu-me o “número do protocolo da minha carta: 1596/GVST”.

    A senhora Helena Baptista, com que falei no dia 22 de Maio, disse que a minha carta estava no gabinete da Arquitecta Ana Paula Ribeiro.

    No dia 5 de Junho a senhora Teresa Marques informou-me: “já demos despacho e foi para o gabinete do senhor Variador António Proa”. Aqui, no Gabinete do senhor Vereador António Proa, fui informado, pela senhora Helena, que não tinha chegado nada.

    Tente no senhor Director Municipal, alguém me disse. Talvez O senhor Director de Departamento Engenheiro Carlos Ferreira… No Gabinete da Presidência no dia 12 de Junho miguem atende!


    Senhor Presidente

    Dir-me-á que o que acabo de lhe relatar não pode ter acontecido!? Aconteceu! E não foi só isto que lhe conto que se passou. Não lhe relato tudo o que me aconteceu nesta deambulação pelos serviços da C.M.L. porque tal se tornaria ainda mais enfadonho. De facto, Senhor Presidente o que eu desejo é somente ter acesso aos serviços administrativos da Cemitério do Alto de São João para aí poder continuar a minha investigação.

    Nos arquivos existentes nos serviços administrativos do Cemitério do Alto de São João está tudo o que eu necessito para poder continuar o meu trabalho posterior na Torre do Tombo e na Biblioteca Nacional. Nos arquivos do cemitério estão os livros que me interessam investigar e que me permitirão outras demandas.

    Para não dificultar a decisão de V. Exa. e dos serviços que dirige solicito-lhe somente autorização para consultar e fotocopiar alguns dos registos existentes nos arquivos do Cemitério do Alto de São João relativos às pessoas e/ou familiares das pessoas referenciadas na carta que lhe enderecei em 5 de Abril de 2006.



    Com os meus melhores cumprimentos,



    Porto, 15 de Junho de 2006





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tradutor