quinta-feira, agosto 31, 2006

Europa Central: Viena, Budapeste, Praga e Berlin

 

Regresso de férias...

 

 

Viena Budapeste Praga - Berlim

 

 

      S i m p l i cidades

 

Excentri .........Cidades

 

        M u l ti cicidades

 

 C u m p l i c icidades

 

 

Cidades: percursos telegráficos.

A cidade emerge no espaço e no tempo como um lugar possuidor de géneros de vida não rural. Esta distinção socioprofissional não obnubila a sua principal característica: a paisagem. Fica num sítio determinado na sua relação com a topografia do solo. Mas, a origem da cidade é historicamente assegurada por uma pluralidade de razões: a) as que construíram as suas primeiras casas em torno de um mosteiro ou outro edifício de carácter religioso; b) as que tiveram origem ligadas a existência de um universidade; c) mas, as mais significativas foram as que se desenvolveram em torno de edifícios com funções militares. As guarnições de muitos castelos fronteiriços depressa desenvolveram aglomerações que asseguravam a sua defesa e muitas bases militares contribuem, pelo seu valor estratégico, para a aparição de novas cidades; d) centros administrativos ou de turismo criaram florescentes cidades; e) os mercados, as feiras, o comércio que se desenvolvia junto do mar e/ou junto de vias de comunicação importantes muito contribuíram para o aparecimento das cidades; f) outras cidades nasceram em volta de grandes fábricas.

Na Grécia a polis é constituída pela praça pública com os seus templos. Na cidade Grega habitam o poder legislativo, jurisdicional e administrativo. A urbs Romana designa uma zona determinada em oposição ao campo; as civitas uma comunidade populacional constituída em torno de várias classes sociais de cidadãos. Na Idade Média com o triunfo do cristianismo as cidades tornam-se verdadeiros centros de administração eclesiástica, assim como, centros de acção politica e de prestigio cultural. Na Idade Moderna o renascentismo transforma as cidades em verdadeiros centros políticos, como veio a verificar-se na Revolução Francesa e melhora, entre outras coisas, as condições de higiene. Na Idade contemporânea a revolução industrial transformou a cidade num grande centro de produção industrial. Com a R.I. rebentam os movimentos divergentes e organizados de opinião. A revolução (Industrial) social anunciada cria um novo tipo de pessoas e faz emergir novos estilos de vida que buscam as novidades, o recreio e a informação. Constrói novos meios de organização social. Os antagonismos sociais tornam-se mais perceptíveis, as cidades permanentemente se metamorfoseiam e as lutas sociais são um produto do capitalismo industrial. As cidades, como a modernidade, apresentam e representam simbolicamente desafios que se manifestam nas (in)certezas, nos desafios e nas possibilidades de desenvolvimento de projectos políticos e sociais que exigem permanente negociação sem que se conheça o seu desfecho. A cidade é expressão do local e do global. Aqui, o convívio multiétnico de culturas, desenvolve desafios múltiplos quem exigem novas competências relacionais capazes de interagir com os diferentes capitais culturais, étnicos, religiosos e de classe originários.

Espaço turístico

As cidades contemporâneas, são resultados de diferentes influências históricas, sociais, políticas e étnicas, entre outras, que a sua identidade engendrou. Mas, a percepção que se constrói da identidade da cidade é de uma forma geral romântica e assente numa autenticidade construída pelas indústrias culturais. A representação romântica da autenticidade é fruto da construção cultural do espaço turístico.

 

Transitando por caminhos já percorridos

Viena de Áustria. Iniciei a minha viagem percorrendo a Ringstrasse com os seus maravilhosos monumentos: a Opera, os museus de Belas artes e Ciências Naturais, o monumento de Maria Teresa, o palácio Belvedere, Parlamento, Teatro Nacional e Palácio Imperial Hofberg.

 

Aspecto relevante desta minha visita a Viena, foi ter assistido a um concerto de música clássica num dos muitos palacetes existentes em Viena e jantado numa taberna típica em Grinzing e ter comido algumas das suas célebres salsichas recheadas com queijo. Não menos relevante foi percorrer o palácio onde residiu Imperatriz Elisabeth da Áustria, que no cinema foi representada pela, também jovem, actriz Romy Schneider no filme: Sissi, A Impreratriz; ter passado junto da residência de Sigmund Freud; estar na sala onde um dia terá tocado Wolfgang Amadeus Mozart e, por estranho que pareça, ouvir no interior do autocarro que me transportou, pela cidade, a musica de Mozart. Viena é outro mundo, mundo (muito) diferente do mundo onde vivo e habito. Experiencia interessante e inolvidável a que experimentei em Viena de Áustria.

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tradutor